Migração, Feminismo e Religião são alguns dos temas sobre os quais podemos discutir a partir da minissérie Nada Ortodoxa. Para começar, vamos fazer uma contextualização, com um breve resumo da história. Esther (Shira Haas) é uma jovem de 19 anos, judia ultra ortodoxa, que vive na cidade de Nova Iorque. Para fugir de um casamento arranjado, ela foge para Berlim, na Alemanha, em busca de uma nova vida para além dos valores religiosos que regem a comunidade em que nasceu.
A minissérie original da Netflix é baseada em fatos reais. A história, contada em quatro episódios de, aproximadamente, 50 minutos, é uma adaptação do livro autobiográfico “Unorthodox: The Scandalous Rejection of My Hasidic Roots”, lançado em 2012 pela autora Deborah Feldman.
Nada Ortodoxa trata de uma migração ligada ao desejo de liberdade, em que a personagem principal rompe com a sua família, sua cultura, e parte para o outro lado do Oceano Atlântico em busca de uma vida melhor. O feminismo grita por todos os lados nessa história, já que Esther, ao fugir de casa e do seu casamento, desconstrói o seu estereotipado papel feminino, que, dentro daquela sociedade organizada em torno de valores religiosos bastante concretos, seria de esposa zelosa e mãe dedicada.
Segundo a revista Rolling Stone (e nós concordamos!), além de uma aula sobre a cultura judaica e da temática ligada à emancipação feminina, um dos motivos pelos quais Nada Ortodoxa é uma série muito bem recomendada é pela sua variedade de idiomas. Além do inglês e do alemão, boa parte da história é falada em ídiche, um idioma derivado das línguas germânicas e adotada por comunidades judaicas.
A fotografia da série também é um caso de amor à parte. As imagens são lindas e os ângulos muito bem explorados. O elenco da série tem perfil multicultural, com atores de nacionalidades diferentes e a atuação está de parabéns!
A história de Esther é inspiradora e achamos que é uma ótima dica para quem está buscando um bom conteúdo para assistir na Netflix. Mas não esquece o lencinho porque é de se emocionar, viu?
Assista e depois volte aqui pra nos contar o que achou!
*Por Lali Souza
Fontes:
Rolling Stone
Netflix
Adoro Cinema